Estava ouvindo livro em áudio do Augusto Cury, Felicidade Roubada. O autor é psiquiatra da obra indica desabafar os ressentimentos e desejos que reprimimos. Por isso estou aqui.
Eu sou determina a ter uma vida profissionalmente resolvida e ser bem sucedida, minha família possa ter orgulho, que fiz as minhas escolhas e consegui.
Lembro-me da vez que pedi minha virgindade e minha mãe soube, tinha 21 anos. Ela me insultava, apesar de me amar, dizia que haveria de ficar grávida, que ficaria com muitos homens, que seria “biscate/puta”, que sempre fui burra, mais burra ainda por ter transações. Doeu e com doeu, nunca tivera paciência para ouvir meus sentimentos e minhas opiniões sem me coagir ou impor as opiniões dela. Nunca a senti realmente interessada pelo meu dia na escola, dizia que eu loira e loiras são devagar, que realmente haveria de ser uma pata. Mas sei que ela me ama, porque em outros momentos era muito amorosa.
Poderia ter esperado mais, mas além de eu realmente ficar curiosa sobre sexo e os desejos da carne que sentia, eu estava apaixonada por um rapaz que não queria ficar comigo. Ele me dizia que virgens são emocionalmente sensíveis. Transei sem prazer sentimental, apenas carnal. Gostaria que ela tivesse me perguntado por que resolvi transar e não que tivesse me julgado tanto, foi realmente doloroso ve-lá e ouvi-la. Meu pai veio conversar, como amigo.
Desde então, sustento a convicção que não quero ser mãe e nem casar. Fujo de relacionamentos sérios, transe por prazer. Quando me apaixono não consigo me envolver por muito tempo e tão pouco sexualmente. No fundo, me sinto solitária. Realmente não quero casar, mas gostaria de ter vida sentimental saudável sem ter que parecer uma ideologia rígida comigo mesma, gostaria aprender amar sem receio, sem medo de ser julgada. Superei minha baixo auto estima física, me amo, me acho bem apresentável, mas não consigo me envolver com sentimentos, escolho só o prazer da carne, porque consigo controlar a minas ações e reações. Mas sofro, porque me sinto sozinha e gostaria de desabafar esse sentimento com alguém que me ouvisse sem jogar na minha cara depois que para namorar sou boa suficiente que deixo minhas prioridades profissionais e de estudante de lado. Alguém que me ouvisse sem me enterrar num mar de julgamentos, algm que me ensinasse como lidar com relacionamentos amorosos.
Possuo 23 anos, sei que posso ser uma mulher bem sucedida e não meditei esforços para provar que não nasci para ser simplesmente um erro. Mas no fundo quanto minha vida amorosa, temo mas não admito, que tenho medo da solidão.
Bom. Desculpe falar, mas tua mãe parece uma madrasta. O que ela fez foi causar um trauma em você. Você se importa muito com a opinião da sua família, quando na verdade o que deve importar é, acima de tudo, a sua própria opinião. Você perdeu sua virgindade tarde demais, para os parâmetros atuais. Não se sinta mal por isso. Mas a primeira coisa que você deve fazer, é procurar uma ajuda psicológica profissional, pois só ele poderá reverter a tua situação. Se precisar conversar.
Você parece ser bem determinada, e você apenas tem 23 anos, ainda é muito nova, talvez você esteja com medo ou não está pronta para um relacionamento, acho que com o tempo isso mude e quando você atingir a sua prioridade, talvez você busque ficar bem sentimentalmente. Somente o tempo te dirá.