Moro com minha sogra e sogro, tenho uma menina de 2 anos, ela é pedagoga e mãe adotiva do meu marido (a biológica morreu com ele pequeno).
Ela não teve filhos de sangue, portanto não sabe o que é criar uma criança da idade da minha, pois quando chegou ele já tinha 5 anos. Minha filha está na fase das birras, eu tenho muita paciência, mas vezes me irrito e grito. Quando ouve um não ela chora muito, se joga no chão e tal.
Eu ajudo ela a se acalmar, converso com ela, explico o porque ela não pode fazer aquilo. Mas para minha sogra nunca está bom, e eu brigo demais com a menina.
Ela fica se metendo, acha que por ser pedagoga e avó tem direito de direcionar a educação dela e eu discordo.
Meu marido fica muito pouco em casa, e geralmente presencia as birras que são sempre nos mesmos horários, como escovar os dentes e tomar banho para dormir, ai ele acha que eu não tenho paciência, porque ele ficou 2h com a gente e viu eu me estressar uma vez. Mas não viu tudo o que passei o dia inteiro. Eu sempre busco não deixar ela muito cansada, ou fome, ou sono, porque sei que se suas necessidades não forem atendidas a chance da birra é maior.
Mas ela faz mesmo assim, estou cansada emocionalmente, odiando essa convivência.
Temos previsão de nos mudar em 2 anos, mas eu não vou aguentar.
Infelizmente crianças criadas em um ambiente, cujos avós dividem o mesmo núcleo familiar com os netos, podem com certeza desarmonizar o ambiente, pois cada qual tem a sua linha de educação e é muito complicado, colocar limites nos dois lados. Não é normal a criança ser birrenta em nenhuma idade, pois se a mesma está querendo chamar a atenção dessa maneira, significa que algo de fato está disfuncional na sua educação. Isso pode estar sendo desencadeado, também pelo excesso de broncas, uma vez que você está transferindo para a criança o seu estado de espírito negativo, uma vez que não está feliz nessa moradia com seus sogros, mas apenas lembrando que você está no espaço deles e não no seu, por esse motivo tem que seguir as regras da casa. Quando se eleva com frequência o tom de voz com uma criança, nem sempre você se faz escutar e a resposta da mesma será no mesmo tom como você se correspondeu, que passará a usar gritos e birras. Quanto mais você conseguir construir a relação pelo diálogo, terá melhores respostas para o desenvolvimento da personalidade do seu filho, para que no futuro não passem a esconder seus erros de vc, pelo receio de assumi-los ou tomar broncas, por qualquer motivo. Converse com seu marido, para ver se tem como antecipar a sua saída dessa casa, mesmo que implique em você procurar um emprego e ajudar financeiramente com um aluguel. Ajude-o vá a luta para conquistar sua autonomia.
A birra e o mimar são siameses. Uma de minhas tias saia sem se importar se a filha chorava. Uma vez que a minha mãe presenciou ela disse: “Quando cansar, ela para com a birra”! Minha prima se tornou uma filha exemplar. Meus irmãos que foram “poupados” de dificuldades foram os que estiveram ausentes na doença da mãe. Quanto ao gesto nobre de sua sogra de assumir a criação do seu marido: a perda de um ente querido até os 7 anos deixa marcas Indeléveis: meu pai faleceu quando eu tinha 3 anos e 10 meses e mesmo minha mãe ter procurado nos dar uma boa criação não preencheu a “lacuna” deixada pela morte do pai!
Ana Julia, já vi alguns comentarios seus e notei que es sogra, por isso quero sua opiniao, pois li repetidas vezes que escreveu para a nora sair da casa da sogra, mas, e quando a sogra está na minha casa, se faz de dissimulada, surdez seletiva, porca, além dos problemas todos da idade ainda quer mandar de galo no meu terreno? Como proceder? Já deixei bastante claro os limites permitidos em casa, como não acessar meu quarto e mesmo assim, assim que meu marido sai de casa (depois de mim) ela vai fuçar nas minhas coisas e sempre tenta me anular perante meu marido ou amigos em MINHA CASA!