Sempre fui muito apegado à minha mãe. Sempre tive medo de que ela morresse. Ela ficou doente, e, por esse motivo teria que ser internada para passar por uma cirurgia poucos dias depois. Fui o primeiro a saber do diagnóstico antes mesmo dela. Na hora fiquei meio perdido pois o médico me disse que ela tinha um tumor e teria que operar. Fiquei apreensivo com a ideia da cirurgia pois ela já tinha mais de 70,anos e a saúde frágil. Foi complicado pois não sabia se la sobreviveria à cirurgia. Entao, ela estava viva naquele momento, mas não sabia se a semana seguinte ela viveria ou !!! MORRER !!! ia durante a operação. Foi difícil porque você percebe que talvez não exista tempo para reparar todos os erros que você cometeu. Tanto de coisas que fez como de coisas que deixou de fazer. Embora houvesse a expectativa de que ela saísse viva da cirurgia, os próprios médicos deixaram claro de que aquele tumor voltaria e ela viveria no máximo um ano. Ela passou pela cirurgia, fez o tratamento que foi possível fazer, e, no final faleceu mais ou menos na época prevista pelos médicos. Acho que não digeri muito bem a morte dela, pois guardei as roupas dela por vários anos. Acho que até hoje estou ainda meio anestesiado com a morte dela. Sinto falta dela, mas ao mesmo tempo sim como uma libertação para ela dos problemas deste mundo. Te amo mãe.
